Lendas das Copas - Episódio 1: Pelé

Salve salve galera que nos acompanha aqui no blog, sempre às terças e sextas-feiras. Estamos mais uma vez de volta, desta vez trazendo uma série com grandes craques das Copas. Serão oito episódios, sempre trazendo histórias e estatísticas de cada um dos homenageados. E hoje vamos começar com o maior de todos os craques da história não só das Copas, mas também do futebol.


PELÉ
(Pelé abraçado a Jairzinho, em 1970. Foto: retirada da internet)

Edson Arantes do Nascimento, nascido em Três Corações, Minas Gerais em 23/10/1940. É o maior jogador de todos os tempos, aclamado como o Rei do Futebol e Atleta do Século XX. É o único atleta a ser tricampeão mundial como jogador. Jogou quase toda sua carreira no Santos, onde conquistou tudo nos anos 60, encerrando sua carreira vitoriosa no Cosmos (EUA) na década de 1970.

Filho de seu Dondinho, conhecido como um excelente cabeceador, nas décadas de 40 e 50, conta a história que em um único jogo ele fez 5 gols em uma única partida, todos de cabeça. O filho jamais igualou o feito.

Quando o Brasil perdeu a Copa de 1950 para o Uruguai, em pleno Maracanã, ao ver seu pai chorando, o menino Edson prometeu-lhe que ganharia uma Copa do Mundo. O que o pai não sabia era que essa promessa levaria apenas oito anos para ser concretizada. Aos 17 anos, já conhecido como Pelé, o jovem sairia do banco de reservas para brilhar na Copa da Suécia, se tornando o mais jovem jogador de sempre a fazer gol em Copa do Mundo, na partida contra País de Gales, pelas Quartas-de-final e o mais jovem a marcar gol na final, diante da Suécia.


(Pelé se tornou o mais jovem atleta a marcar gols em Copas, recorde perdura até os dias atuais. Foto: retirada da internet)

E Pelé eternizou a camisa 10 por um mero acaso. Ocorre que na Copa de 1958, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, entidade que antecedeu a CBF e que comandava todos os esportes no Brasil) simplesmente não mandou à FIFA a numeração dos jogadores que estavam inscritos na Copa e por isso, a própria FIFA se encarregou de numerar os atletas brasileiros. Com isso, a camisa 10 parou nas costas do futuro rei.

Outra curiosidade é que Pelé esteve para ser cortado da convocação para a Copa de 1958, devido a uma séria contusão sofrida no joelho, em partida diante do Corinthians, três semanas antes de a seleção partir para a Itália, onde se prepararia para a Copa. Foi mantido por decisão de Paulo Machado de Carvalho (chefe da delegação), Hilton Gosling (médico) e Mário Américo (massagista), no que foi uma sábia decisão.

Pelé disputou quatro Copas do Mundo, entre 1958 e 1970 e como dissemos acima, ganhou três. em 1962, no Chile, ele saiu machucado na segunda rodada da fase de grupos, na partida diante da Tchecoslováquia e acabou sendo substituído por Amarildo, que o cumpriu muito bem a função, garantindo o bicampeonato. Em 1966, o mesmo aconteceu, o craque se machucou na partida diante de Portugal e o Brasil acabou sendo eliminado na primeira fase, fato que jamais se repetiu desde então.


 (Pelé em 1962, antes de sua contusão, na partida diante da Tchecoslováquia: Foto: retirada da internet)
(Pelé em 1966, após ser caçado pelos jogadores de Portugal. Foto: retirada da internet)

Apesar de ter sido fundamental a partir das Quartas-de-final da Copa de 1958, a Copa em que Pelé realmente brilhou foi em 1970, onde fez gols, deu passes incríveis como aquele do último gol diante da Itália em que ele tocou para o lado direito sem olhar e o capitão Carlos Alberto Torres soltou uma bomba indefensável ao goleiro . A Copa de 1970 também ficou marcada pelos gols que Pelé não fez, como aquele do meio de campo contra a Tchecoslováquia e também o gol perdido na semifinal diante do Uruguai, quando ele deu um lindo drible de corpo no goleiro Mazurkiewicz, porém, sem ângulo, não conseguiu fazer o gol, além de um lance em que Pelé pegou uma bola mal passada pelo próprio goleiro uruguaio, que quase terminou em gol. E de pensar que na época, muito se cogitou sobre Pelé ficar no banco, com muitos craques naquele time, como Rivellino, Tostão, Jairzinho, entre outros.

Após a Copa de 1970, despediu-se da seleção por cima, coroado com três títulos. Na ocasião, Zagallo se igualaria ao rei, porém, este já estava na função de treinador do time.

Pelé é o maior artilheiro da seleção brasileira de todos os tempos; Com 12 gols em Copas, foi o maior artilheiro do Brasil nesta competição até ser superado por Ronaldo, em 2006. 

Vamos trazer aqui um histórico de todas as partidas de Pelé pela seleção nas Copas:

1958 (campeão):

Pelé ficou no banco nas duas primeiras partidas, contra a Áustria (3 a 0) e contra a Inglaterra (0 a 0), ganhou a posição que era do atacante do Flamengo, Dida, para não mais perdê-la.
15/06/1958 - Brasil 2x0 URSS: Pelé jogouos 90 minutos
19/06/1958 - Brasil 1x0 País de Gales: Pelé jogou os 90 minutos e fez gol aos 66.
24/06/1958 - Brasil 5x2 França: Pelé jogou os 90 minutos e marcou seu primeiro e único hat-trick em Copas do Mundo, aos 52, 64 e 75.
29/06/1958 - Brasil 5x2 Suécia: Pelé jogou os 90 minutos e marcou aos 55 e aos 90.

1962 (campeão):

30/05/1962 - Brasil 2x0 México: Pelé jogou os 90 minutos e marcou gol aos 73 minutos.
02/06/1962 - Brasil 0x0 Tchecoslováquia: Pelé jogou os 90 minutos, porém, se contundiu e não disputaria mais nenhuma partida nesta Copa.

1966 (eliminado na primeira fase):

12/07/1966 - Brasil 2x0 Bulgária: Pelé atuou os 90 minutos e marcou gol aos 15;
Pelé não atuou na partida em que o Brasil perdeu para a Hungria por 1 a 3, em 15/07/1966;
19/07/1966 - Brasil 1x3 Portugal: Pelé jogou os 90 minutos. vítima da violência dos portugueses, ele permaneceu em campo mesmo machucado, pois na época não eram permitidas substituições durante as partidas

1970 (campeão):

03/06/1970 - Brasil 4x1 Tchecoslváquia: Pelé atuou os 90 minutos, marcando um gol aos 59;
07/06/1970 - Brasil 1x0 Inglaterra: Pelé atuou os 90 minutos;
10/06/1970 - Brasil 3x2 Romênia: Pelé atuou os 90 minutos e marcou aos 19 e aos 67;
14/06/1970 - Brasil 4x2 Peru: Pelé atuou os 90 minutos;
17/06/1970 - Brasil 3x1 Uruguai: Pelé atuou os 90 minutos;
21/06/1970 - Brasil 4x1 Itália: Pelé jogou os 90 minutos e marcou gol aos 18.

Jogos: 14
Gols: 12
Vitórias: 12
Empates: 1
Derrotas: 1

Pelé nunca foi artilheiro de uma edição de Copas, mas também nem precisou. Além dos três títulos com a seleção, ele foi eleito o melhor jogador jovem em 1958 e o craque da Copa de 1970. Se despediu da seleção brasileira em 1971 e definitivamente gravou seu nome na história das Copas como o maior de todos.

Abaixo, você poderá conferir um a um, todos os doze gols do Rei do futebol.



Mais abaixo, três gols que Pelé poderia ter feito, mas os deuses do futebol não permitiram:



Bom, galera, eu espero que vocês tenham curtido esta leitura, agradeço mais uma vez a visita ao blog e espero que vocês compartilhem, comentem, pois o feedback de vocês é superimportante para que eu possa me sentir motivado a continuar a tocar o projeto. Te espero na sexta-feira com o segundo episódio das lendas das Copas. Te espero lá!

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