Lendas das Copas: Episódio IV - Cruyff

Salve salve galera que nos acompanha aqui, estamos de volta, com o quarto episódio das lendas das Copas. Nos três primeiros, trouxemos atletas que encantaram e que foram campeões, agora falaremos sobre os que foram injustiçados pelos deuses do futebol e que não conseguiram a glória máxima. Venha comigo, no caminho eu te explico:

JOHAN CRUYFF


(Cruyff pela seleção na década de 70. Foto: retirada da internet)

Hendrik Johannes Cruyff, nascido em Amsterdã em 25 de abril de 1947 é considerado um dos gênios do futebol moderno, Maior jogador da história da Holanda e foi o cérebro do Carrossel Holandês, um dos três maiores times que arrancaram suspiros dos torcedores que gostam de futebol, mas que falharam na tentativa de ganhar a Copa.

Foi considerado pelo IFFHS como o melhor jogador europeu do século XX e o segundo melhor jogador do mundo, atrás apenas de Pelé. Era um meia de origem, mas em campo, na prática, não tinha posição definida, corria todo o campo, pensando, passando, e definindo jogadas, tanto que, em 660 jogos disputados como atleta, marcou 514 gols.

Jogou pela seleção entre 1966 e 1977, atuando apenas na Copa de 1974. Acabou não jogando a Copa seguinte, onde a Holanda também fora vice-campeã. Foram apenas 7 jogos realizados em Copas do Mundo, mas o suficiente para elevá-lo à categoria dos imortais do futebol.

Vamos deixar aqui o resumo de todas as partidas deste gênio, em Copas:

1974 (vice-campeão):

15/06/1974 - Holanda 2x0 Uruguai: Cruyff atuou os 90 minutos
19/06/1974 - Holanda 0x0 Suécia: Cruyff atuou os 90 minutos
23/06/1974 - Holanda 4x1 Bulgária: Cruyff jogou os 90 minutos, levou cartão amarelo aos 29
26/06/1974 - Holanda 4x0 Argentina: Cruyff atuou os 90 minutos, marcando aos 10 e aos 90
03/07/1974 - Holanda 2x0 Brasil: Cruyff atuou os 90 minutos, marcando aos 65
07/07/1974 - Holanda 1x2 Alemanha: Cruyff jogou os 90 minutos, levando cartão aos 45

(Aqui você vê o golaço marcado pela nossa lenda, diante da Argentina, em 1974)

Nosso craque começou no Ajax, ainda nos anos 60, tendo conquistado tudo no excelente time dos anos 70, comandado pelo mesmo Rinus Michels, que revolucionou e assombrou o mundo com o Carrossel Holandês nos campos da Alemanha em 1974.  Não foi à Copa de 1978 por decisão própria, ele contou em 2008 que havia sofrido junto com a família uma tentativa de sequestro e decidiu que não passaria muito tempo longe do seio familiar.

(Cruyff pelo Ajax. Com ele, o time ganhou tudo na década de 70. Foto: retirada da internet)

Ainda defendeu o Barcelona, quando ajudou a terminar um jejum de 14 anos sem título (difícil imaginar isso nos dias de hoje, certo?), antes de ir para os EUA após uma breve aposentadoria e retornar à Holanda para jogar por Ajax e posteriormente, Feyenoord, em 1984 quando encerrou sua carreira.

Foi escolhido para a seleção dos melhores da Copa de 1974 e em 1994 também figurou na seleção de todos os tempos da FIFA.

Depois de aposentado seguiu no futebol como treinador, em sua passagem mais marcante foi pelo Barcelona entre 1988 e 1996, onde comandou gênios como seu conterrâneo Ronald Koeman, Guardiola e Romário.

(Cruyff, já como treinador e o baixinho Romário, Foto: Gazeta do Povo)

Faleceu em 24 de março de 2016, aos 68 anos, vítima de câncer no pulmão. Cruyff foi fumante por muitos anos e isso certamente foi um fator preponderante. Deixa seu legado, sendo citado por vários ex atletas e por quem o viu jogar como um verdadeiro gênio, dentro e fora das quatro linhas.


"A Alemanha não ganhou a Copa (de 1974), nós a perdemos". 
Disse Cruyff sobre a final de 1974.

"O futebol me deu tudo, o cigarro quase me tirou tudo".
Uma de suas frases mais icônicas.

Pessoal, por hoje é isso. Ficaremos por aqui, mais uma vez agradecendo a sua visita e a leitura. Voltaremos na terça-feira, trazendo mais um episódio (serão oito no total) das lendas das Copas. Até lá!

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