Lendas das Copas: episódio VII - Puskas

Salve salve galera que nos acompanha aqui no blog, sejam bem-vindos novamente a mais uma postagem. Hoje estamos no sétimo e penúltimo episódio do "Lendas das Copas". Hoje vamos falar de um cracaço de bola. Venha comigo, no caminho eu te explico.



FERENC PUSKAS

Ferenc Puskas Biró, nascido em Budapeste em 1 de abril de 1927, é o maior jogador da história da Hungria, um dos maiores do futebol mundial e assim como alguns dos apresentados aqui no Lendas, um dos injustiçados por não ter conseguido vencer uma Copa.

E ele teve duas oportunidades para tal: em 1954, foi o cérebro do time da Hungria conhecido como "Os Mágicos Magiares" (que você pode conferir o post sobre este time aqui), onde chegou bem perto do título, batendo a Alemanha na fase de grupos por 8 a 3 e perdendo para a mesma Alemanha na final por 2 a 3, isso após abrir 2 a 0. E em 1962, naturalizou-se espanhol, quando acabou sendo eliminado ainda na primeira fase, após uma partida bastante controversa diante do Brasil.

Atuava como atacante, com números impressionantes: foram 84 gols em 85 partidas disputadas pela seleção da Hungria. Só para efeito de curiosidade, sua média de gols é maior inclusive que a de Pelé pela seleção brasileira. Ganhou a Bola de Ouro da Copa de 1954, figurou na seleção dos melhores desta Copa. Faltou apenas a glória maior. 

Apelidado de "Major Galopante", em referência à sua posição na hierarquia do exército húngaro, Puskas não era lá um exemplo físico: baixinho e gordinho, porém, com uma técnica invejável.

Jogou pela seleção da Hungria por  11 anos, entre 1945 e 1956,  quando jogando pelo poderoso Honved, que fez história, era a base da seleção húngara naqueles anos dourados, sendo medalha de ouro nas Olimpíadas de Helsínque, em 1952, coroando com o vice-campeonato na Copa da Suíça, em 1954, inclusive, eliminando Uruguai e Brasil (campeão e vice, respectivamente da Copa anterior).

Em 1954, ele atuou as duas primeiras partidas, machucando-se na partida em que a Hungria bateu a Alemanha por 8 a 3, porém, na época não haviam substituições, ele ficou até o final. Ficou de fora nas Quartas e semifinal, embora tenha participado da pancadaria generalizada ao final da partida em que a Hungria bateu o Brasil por 4 a 2, na chamada "Batalha de Berna". Puskas abriu a cabeça do brasileiro Pinheiro com uma garrafada, já no túnel que dá acesso ao vestiário. Voltou na final, onde marcou um dos gols.

(Puskas na final da Copa de 1954. Foto: O Globo)

Em 1956, devido a revolução húngara, Puskas e o time do Honved se recusaram a voltar para o país natal e lutar, ele acabou sendo proibido de pisar em seu próprio país e fez o restante da carreira na Espanha, onde atuou pelo Real Madrid, se naturalizou espanhol e em 1961 já defendia a seleção espanhola e conseguiu classificá-la para a Copa do Chile no ano seguinte.

Na Copa de 1962,  já com 35 anos, acabou eliminado na primeira fase, ao perder para a Tchecoslováquia e para o Brasil, num jogo em que a Espanha fora claramente prejudicada em ao menos dois lances capitais: o lateral Nilton Santos fez pênalti, porém, deu dois passos para fora da área, ludibriando o árbitro, que acabou marcando falta. Em outro lance, o juíz anulou um gol legal de Puskas, que acabou alijando a fúria naquela edição.

(Puskas em 1962, já naturalizado espanhol. Foto: retirada da internet)

Vamos aqui ao histórico em Copas do nosso homenageado de hoje:

1954 (vice-campeão):

17/06/1954 - Hungria 9x0 Coréia do Sul: Puskas jogou os 90 minutos, marcando gols aos 12 e aos 89
20/06/1954 - Hungria 8x3 Alemanha: Puskas jogou os 90 minutos, marcando gol aos 17
04/07/1954 - Hungria 2x3 Alemanha: Puskas jogou os 90 minutos, marcando gol aos 6

1962 (12º lugar):

31/05/1962 - Espanha 0x1 Tchecoslováquia: Puskas jogou os 90 minutos
03/06/1962 - Espanha 1x0 México: Puskas jogou os 90 minutos
06/06/1962 - Espanha 1x2 Brasil: Puskas jogou os 90 minutos

Jogos: 6
Gols: 4
Vitórias: 3
Derrotas: 3
Empates: 0

Após se aposentar como atleta, Puskas tentou, como treinador, levar as seleções da Arábia Saudita (1977) e Hungria (1993) à Copa do Mundo, sem sucesso. Em 2009, a FIFA criou o prêmio com seu nome, que elege o gol mais bonito de todo o Mundo na temporada. Em 17 de novembro de 2006, nosso craque faleceu, vítima de pneumonia. Mesmo não ganhando uma Copa, ele é mais uma das lendas que encantaram o mundo, porém, sem conseguir conquistar a maior competição de seleções do mundo. Nosso craque é ídolo do Real Madrid até os dias atuais, considerado um dos maiores da história e por isso, a nossa justa homenagem a essa fera.

(Puskas já na década de 90. Ex-atleta teve a honra de ser reverenciado em vida. Foto: retirada da internet)

É isso ai pessoal, vamos ficando por aqui, voltaremos na sexta-feira, com o último episódio do Lendas das Copas. Agradeço mais uma vez a leitura, a visita e te aguardo na próxima. Até lá!

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